Receita de Ano Novo

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ver,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta ou recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade
“Receita de Ano Novo”, 1977.

O Cuidado


“All that is necessary for the triumph of evil is that good men do nothing”.
Edmund Burke

O problema, como li recentemente, é que a definição de quem são os bons e o que é o mal é subjetiva.

Olhar o vento

“O pessimista se queixa do vento.
O otimista espera que ele mude.
O realista ajusta as velas.”

William George Ward

Uma boa notícia

São raras as notícias em que há somente fatos positivos. Mesmo as boas notícias via de regra implicam em um balanço negativo para alguém, mesmo que não mencionado na própria notícia. Esta é uma exceção:


Grávida em Milwaukee, Tiffany Negron, não aguentou chegar ao hospital e pediu que marido parasse o carro no parque de Koziuscko porque já sentia as dores do parto. Por sorte, funcionários do parque, que estavam do lado de fora do prédio pois o ar condicionado estava pifado, ouviram os pedidos de socorro e foram ajudar o casal e o bebê, que já estava com a cabeça do lado de fora. O funcionário do parque (Nestor Rodriguez, pai de dois filhos) com mais experiência é provavelmente o responsável pela sobrevivência do bebê. Foi ele que aconselhou o pai, ainda em estado de choque a estimular e sacudir o bebê que já estava mudando de cor, e a esfregar as pernas e barriga até que o bebê chorasse. Mãe e filha foram levadas ao hospital e passam bem.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/08/mulher-da-luz-em-parque-nos-eua.html

O sil

“Silence is a text easy to misread”.
“O silêncio é um texto fácil de ser lido incorretamente”.
Alfred Angelo Attanasio

Errar


“The US President had just begun proposing a toast to the Queen when the orchestra accidentally struck up God Save The Queen.
However, rather than pause and continue the speech after the music had stopped, Mr Obama pressed on only to be rebuffed when he raised his glass to her.
The Queen did not seem to take offence at the mishap and appeared to stifle an embarrassed smile.
Protocol demands that people stand to attention when the national anthem is played.
Seated between the Queen and the Duchess of Cornwall for the white tie function, Mr Obama got to his feet and addressed the guests saying: “Ladies and gentlemen, please stand with me and raise your glasses as I propose a toast.
“To Her Majesty the Queen.”
Mistakenly believing that was their cue, the orchestra of the Scots Guard began playing the national anthem.
Mr Obama continued: “For the vitality of the special relationship between our peoples and in the words of Shakespeare to ‘this blessed plot, this earth, this realm, this England’.”
Raising his glass, halfway through the anthem, he concluded “to the Queen”, but seemed baffled when she did not respond.
Looking around sheepishly at the rows of guests stood in silence, Mr Obama placed his glass back on the table and clasped his hands until the band had finished.
He then repeated the gesture to the Queen, who smiled again, as she finally raised her own glass to the President.
Numerous US news websites poked fun at the President over the gaffe.”
( http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/barackobama/8534947/Barack-Obama-suffers-royal-toast-mishap-at-Queens-banquet.html )

Tem certas horas em que perceber que “herrar eh umano” serve de alento para tentar mais uma vez. Apesar do furo, Obama ( e a Rainha) souberam superar o erro juntos.

Dicas de Portugu


http://g1.globo.com/platb/portugues
Sérgio Nogueira Duarte da Silva: o bom senso aplicado à língua portuguesa.
Sérgio foi meu professor de Português e Literatura no 2º e 3º ano do antigo Segundo Grau, no Santo Agostinho. Devo a ele várias de minhas boas notas dos bons tempos de estudo formal.
Me lembro como se fosse ontem o jantar de comemoração da formatura….
Grande sujeito, excelente professor, faz parte do time dos insubstituíveis (sem dúvida alguma).

Qual


“E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

Dentro de um abraço.

Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.”

Martha Medeiros

Para ler o artigo completo clique aqui

Renaissance – Carpet Of The Sun


Come along with me
Down into the world of seeing
Come and you’ll be free
Take the time to find the feeling

See everything on it’s own
And you’ll find you know the way
And you’ll know the things you’re shown
Owe everything to the day

See the carpet of the sun
The green grass soft and sweet
Sands upon the shores of time
Of oceans mountains deep
Part of the world that you live in

You are the part that you’re giving
Come into the day
Feel the sunshine warmth around you
Sounds from far away
Music of the love that found you

The seed that you plant today
Tomorrow will be a tree
And living goes on this way
It’s all part of you and me

See the carpet of the sun
See the carpet of the sun
See the carpet of the sun
See the carpet of the sun

Rir


Trecho imperdível do blog da Fernanda Dannemann, do dia 28. :

“…
Se você faz uma brincadeira, elas não entendem e respondem com sua habitual seriedade adulta, e por quê? Uma piada pode virar tese de mestrado ou, na pior das hipóteses, de promotor de justiça. E por quê?
Porque as pessoas levam a vida a sério demais.
O máximo que conseguem é rir dos outros, fazer do próximo um bode expiatório e jogar sobre ele seu sarcasmo… e acreditam, em sua ignorância, que isso seja brincar. Crêem que esse riso, que é de escárnio, seja de alegria. Quando já nem sabem, quase, o que é a alegria.
Cuidado! Não se torne um deles… se tem andado sério demais, agarre-se à lembrança de quando era jovem de alma, e tinha um coração leve e cheio de esperança. De quando seu raciocínio era limpo de julgamentos e de certezas irredutíveis. De quando seu dia era aberto aos novos amigos e aos novos acontecimentos, e rir era tão natural quanto conversar. De quando a diversão era tão simples, que não precisava ser planejada. …”

Para ver o texto completo, clique aqui

O sonho


“Sonhe com aquilo que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passaram por suas vidas.”
Clarice Lispector

As três palavras


When I pronounce the word Future,
the first syllable already belongs to the past.

When I pronounce the word Silence,
I destroy it.

When I pronounce the word Nothing,
I make something no nonbeing can hold.

Wislawa Szymborska