Só sossego quando me devolverem o trema”

Hoje, além do dia de São José, seria também dia de aniversário de minha avó Aïda, isto mesmo, Aïda com trema – qual o problema com o trema?

Ao contrário de algumas regras de acentuação, o trema era pacífico, tinha uma função simplesmente fonética, que nos dava tranqüilidade de estar falando corretamente. Além disso, era democrático, aceitava líquidos sem trema também, o que vale dizer, admitia sotaques diferentes também.
Sem o trema não me sinto tranquilo, me sinto meio argentino, sem indiretas em relação aos hermanos.
Já que necessariamente teremos que passar pelo diálogo, este seria um bom diálogo a ser travado com quem de direito que pudesse revogar este artigo do acordo (ou desacordo) ortográfico.

A grande beleza da língua portuguesa é ser uma língua fonética, termos o som do trema e do trovão. Quero o trema de volta e não aceito um não sem muita reflexão.