Carpe Diem

Walt Whitman
Carpe Diem – Walt Whitman

Aproveita o dia,

Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido…

Анна Каренина – Um teste em russo…

«Анна Каренина» (1873—1877; журнальная публикация 1875—1877; первое книжное издание 1878) — роман Льва Толстого о трагической любви замужней дамы Анны Карениной и блестящего офицера Алексея Вронского на фоне счастливой семейной жизни дворян Константина Лёвина и Кити Щербацкой. Масштабная картина нравов и быта дворянской среды Петербурга и Москвы второй половины XIX века, сочетающая философские размышления авторского alter ego Лёвина с передовыми в русской литературе психологическими зарисовками, а также сценами из жизни крестьян.

O Segredo do Pajé

O Segredo do Pajé – Érico Veríssimo

“ Um dia o pajé me chamou à sua oca. Entrei. Fui recebido com esta pergunta:
— Tibicuera, qual é o maior bem da vida ?
— A coragem — respondi, sem esperar um segundo.
— Só a coragem ?
Embatuquei. O pajé ficou sorrindo por detrás da fumaça do cachimbo. Gaguejei :
— A… a…
O feiticeiro me interrompeu :
— O pajé é corajoso, mas de que vale isso ? Seu braço não pode levantar o tacape, seus pés não tem mais força para correr…
— Ah ! — exclamei. — Mas tu és poderoso, sabes de remédios para todas as dores, consegues tudo com as tuas mágicas.
O pajé continuou a sorrir. Sacudiu a cabeça:
— Ilusão — disse. — Pura ilusão.
Depois dum sileêncio curto, tornou a falar :
— O maior bem da vida é a mocidade. Um dia Tibicuera ficará velho. Atirado na oca, tecendo redes. Não pode mais ir para a guerra. O jaguar urra no mato e Tibicuera não tem força para manejar o arco. Tibicuera é mais fraco que mulher.
Escancarou a boca desdentada. Eu escondi o rosto nas mãos para não enxergar o fantasma da minha velhice.
— Pajé… Tibicuera não quer ficar velho. Ensina-me um remédio para vencer o tempo, para enganar a morte. Tu que sabes tudo, que viste tudo, que falaste com o grande Sumé…
O pajé continuava a me olhar com os olhos entrefechados. Bateu na testa com o dedo indicador da mão direita.
— O remédio está aqui dentro, Tibicuera. Não há feitiçaria. O pajé gosta de ti. Ele te ensina. Escuta. O tempo passa, mas a gente finge que não vê. A velhice vem, mas a gente luta contra ela, como se ela fosse um guerreiro inimigo. Os homens envelhecem porque querem. Só muito tarde compreendi isso. Tibicuera pode vencer o tempo. Tibicuera pode iludir a morte. O remédio está aqui — tornou a bater na testa. — Está no espírito. Um espírito alegre e são vence o tempo, vence a morte. Tibicuera morre ? Os filhos de Tibicuera continuam. O espírito continua : a coragem de Tibicuera, o nome de Tibicuera, a alma de Tibicuera. O filho é continuação do pai. E teu filho terá outro filho e teu neto também terá descendentes e o teu bisneto será bisavô dum homem que continuará o espírito de Tibicuera e que portanto ainda será Tibicuera. O corpo pode ser outro, mas o espírito é o mesmo. E eu te digo, rapaz, que isso só será possível se entre pai e filho existir uma amizade, um amor tão grande, tão fundo, tão cheio de compreensão, que no fim Tibicuera não sabe se ele e o filho são duas pessoas ou uma só.
Eu olhava para o pajé, mal compreendendo o que ele me ensinava. Quando voltei para minha oca fiquei por longo tempo olhando para que meu filho que dormia na rede.
E eu me enxerguei nele, como se a rede fosse um grande espelho ou a superfície de um lago calmo. ”

Origem: “As Aventuras de Tibicuera” Capítulo 9 – Érico Veríssimo

Trucidaram o rio

Prendei o rio
Maltratai o rio
Trucidai o rio
A água não morre
A água que é feita
de gotas inermes
Que um dia serão
Maiores que o rio
Grandes como o oceano
Fortes como os gelos
Os gelos polares
Que tudo arrebentam.

Manuel Bandeira (1886-1968)
in “Estrela da manhã”, 1935

Família

Nós também somos mais críticos com nossos familiares do que com amigos: quando o vínculo é vitalício, desejamos nada menos que uma relação perfeita, e por isso somos mais severos e impiedosos. Aos que não têm o nosso sangue, aí sim, toda a condescendência do mundo.
Martha Medeiros

TED – Facebook’s role in Brexit

https://youtu.be/OQSMr-3GGvQ
In an unmissable talk, journalist Carole Cadwalladr digs into one of the most perplexing events in recent times: the UK’s super-close 2016 vote to leave the European Union. Tracking the result to a barrage of misleading Facebook ads targeted at vulnerable Brexit swing voters — and linking the same players and tactics to the 2016 US presidential election — Cadwalladr calls out the “gods of Silicon Valley” for being on the wrong side of history